Pro dia Nascer Feliz, documentário de João Jardim. Coloca em evidencia as mais diversas situações enfrentadas diariamente por jovens de 14 a 17. Os temas centrais são a precariedade, o preconceito, a violência e a esperança. Mesmos os jovens tendo diferentes realidades sociais, nota-se a desestruturação educacional do país, onde até os colégios de mais renome, apenas estão “menos piores” que outros, mascarando a defasagem enfrentada pela educação brasileira.
Há uma explicitação da gritante diferença social, seja financeira ou cultural, nas escolas apresentadas. As mazelas sociais estão em todos os meios e a escola é um dos locais que mais se evidenciam, o interessante do documentário são as criticas a esse sistema educacional incapaz e insuficiente de atender as necessidades BÁSICAS dos estudantes, o engessamento do mesmo, faz a educação brasileira remeter ao século XIX, e o pior sem perspectiva de melhora significativa. Apesar de mostrar escolas de todas as regiões e diferentes classes, a educação final dos jovens não se difere muito, de modo geral há falhas nas estruturas, falhas na formação de docentes, um comodismo do sistema como um todo, e pior essas falhas gritantes vão sendo maquiadas e mascaradas por poucas mudanças.
O filme remete a Bourdieu, quando o mesmo trabalha com o sistema educacional, para ele a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra é, sobretudo nela que a herança econômica da família transforma-se em capital cultural, assim para o sociólogo o desempenho dos alunos está ligado a esse tipo de capital. Pois os mesmo são também julgados pelas posturas que trazem de casa assim, deste modo as classe mais pobres que embarcam na jornada educacional, acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos como resultante de um esforço recompensado. Uma mostra dos mecanismos de perpetuação da desigualdade está no fato, facilmente verificável, de que a frustração leva na grande evasão escolar, um dos maiores problemas do atual sistema, é perceptível que tal evasão acontece em maior numero em áreas menos favorecidas financeiramente. Assim Bourdieu colocará a como o local de engessamento das estruturas sócias, elas que perpetuam as desigualdades e a possibilidade de ascensão um grande sonho que uma minoria alcançará, fantasiando de competição justa para com todos.
Afinal qual é o significado dessa educação de treinamento, que transforma gerações inteiras em analfabetos funcionais? Terá a democratização das escolas apenas mascarado a função de triagem da mesma, somado a isso função estritamente mercadológica que a educação na contemporaneidade possui. A escola é só mais um método de alienação das massas, de maneira rápida e uniforme. Tanto professores quando alunos trabalham na reprodução ideológica das classes dominantes, a escola é uma plataforma mascara para legitimar seu poder. Por meio disso a um distanciamento tanto do individuo para com ele, com para o restante dos indivíduos, cria-se uma mecanização humana, a reprodução sistemática de uma série de hábitos, sentimento, pensamentos, comportamentos de uma cultura massificadora e limitadora da existência e da essência.
Autoria : Alicia Vanity
Há uma explicitação da gritante diferença social, seja financeira ou cultural, nas escolas apresentadas. As mazelas sociais estão em todos os meios e a escola é um dos locais que mais se evidenciam, o interessante do documentário são as criticas a esse sistema educacional incapaz e insuficiente de atender as necessidades BÁSICAS dos estudantes, o engessamento do mesmo, faz a educação brasileira remeter ao século XIX, e o pior sem perspectiva de melhora significativa. Apesar de mostrar escolas de todas as regiões e diferentes classes, a educação final dos jovens não se difere muito, de modo geral há falhas nas estruturas, falhas na formação de docentes, um comodismo do sistema como um todo, e pior essas falhas gritantes vão sendo maquiadas e mascaradas por poucas mudanças.
O filme remete a Bourdieu, quando o mesmo trabalha com o sistema educacional, para ele a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de capitais de uma geração para outra é, sobretudo nela que a herança econômica da família transforma-se em capital cultural, assim para o sociólogo o desempenho dos alunos está ligado a esse tipo de capital. Pois os mesmo são também julgados pelas posturas que trazem de casa assim, deste modo as classe mais pobres que embarcam na jornada educacional, acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos como resultante de um esforço recompensado. Uma mostra dos mecanismos de perpetuação da desigualdade está no fato, facilmente verificável, de que a frustração leva na grande evasão escolar, um dos maiores problemas do atual sistema, é perceptível que tal evasão acontece em maior numero em áreas menos favorecidas financeiramente. Assim Bourdieu colocará a como o local de engessamento das estruturas sócias, elas que perpetuam as desigualdades e a possibilidade de ascensão um grande sonho que uma minoria alcançará, fantasiando de competição justa para com todos.
Afinal qual é o significado dessa educação de treinamento, que transforma gerações inteiras em analfabetos funcionais? Terá a democratização das escolas apenas mascarado a função de triagem da mesma, somado a isso função estritamente mercadológica que a educação na contemporaneidade possui. A escola é só mais um método de alienação das massas, de maneira rápida e uniforme. Tanto professores quando alunos trabalham na reprodução ideológica das classes dominantes, a escola é uma plataforma mascara para legitimar seu poder. Por meio disso a um distanciamento tanto do individuo para com ele, com para o restante dos indivíduos, cria-se uma mecanização humana, a reprodução sistemática de uma série de hábitos, sentimento, pensamentos, comportamentos de uma cultura massificadora e limitadora da existência e da essência.
Autoria : Alicia Vanity
Ficha Técnica
Gênero:Documentário
Direção: João Jardim
Roteiro: João Jardim
Produção: Flávio R. Tambellini João Jardim
Fotografia: Gustavo Habda
Trilha sonora: Dado Villa-Lobos
Duração: 88 minutos
Ano: 2005
País: Brasil
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